Entenda a contração de um Termoplástico

Todo termoplástico quando alcança determinada temperatura apresenta alta viscosidade tornando possível sua conformação e moldagem.

Já falamos a respeito de algumas características do processo de moldagem por meio de moldes de injeção, hoje vamos tratar de mais uma etapa do processo, essa etapa tem extrema importância no processo de injeção de qualquer termoplástico, porém se torna muito mais relevante quando o assunto são peças técnicas como partes plásticas que acoplam circuitos eletrônicos ou peças que são encaixadas entre si como a lente e a carcaça de um farol automotivo.

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Entenda a contração de um Termoplástico

O que é contração?

Todo termoplástico quando alcança determinada temperatura apresenta alta viscosidade tornando possível sua conformação e moldagem, isso se dá devido à quebra das ligações moleculares do polímero, no entanto quando o mesmo é resfriado a ligação entre suas moléculas volta a condição inicial fazendo com que a peça em questão literalmente diminua de tamanho.

Tendo em vista essa reação é necessário fazer alguns cálculos para projetar um molde de injeção, dizendo de modo bem simples, se nosso produto a ser moldado possui a dimensão final de 95mm, e considerando que a matéria-prima desse produto é o PP (polipropileno) cuja contração média é de 2%, devemos fazer a seguinte conta:

X = 1+(%/100) logo X = 1+(2/100) = 1,02

95 * 1,02 = 96,9

Observamos que para alcançar a medida final de 95mm precisamos projetar a cavidade com 96,9mm, dessa forma quando o polímero (PP) voltar a sua temperatura inicial, o mesmo irá contrair e atingir a medida de 95mm. Abaixo segue a contração de alguns termoplásticos:

Matéria-prima / Sigla / Contração

  • Acetato de celulose – CA – 0,3 – 0,7
  • Poliamida – PA – 1,0 – 2,5
  • Poliestireno – PS – 0,2 – 0,6
  • Acrilonitrila butadieno estireno – ABS – 0,3 – 0,8
  • Polietileno – PE – 1,5 – 3,0
  • Polipropileno – PP – 1,5 – 2,5
  • Policarbonato – PC – 0,5 – 0,7

Muitos fatores podem influenciar nesse processo de contração do termoplástico, devemos nos preocupar com todo o processo de injeção para garantir que o resultado da nossa simples conta seja atingido. É importante definir um padrão de processo com alguns valores como a temperatura do molde de injeção, o recalque do material, a adição de algum componente ao polímero (fibra de vidro, talco), temperatura do fluxo de refrigeração do molde entre outras coisas.

Mesmo seguindo esse conceito percebemos que após o processo de injeção algumas dimensões necessitam de ajustes, sendo assim alteramos essas dimensões no molde para que o resultado final no produto saia conforme suas especificações técnicas.

Dica:

Observe sempre as tolerâncias dimensionais do produto a ser injetado e procure calcular a contração na média das tolerâncias especificadas.

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Mais de 18 anos de experiência no desenvolvimento de projetos de moldes de injeção termoplásticos, moldes de injeção para alumínio e zamak, coquilhas, ferramentas CDR, dispositivos de montagem e de controle, máquinas especiais e desenvolvimento de produtos. Pleno conhecimento e experiência com os softwares SolidWorks, Cimatron, AutoCAD, Inventor, NX e Solid Edge. Serviço de consultoria desde o projeto até a fabricação de moldes, máquinas, ferramentas e dispositivos passando pelo desenvolvimento de projetos, usinagem CNC CAM e máquinas convencionais, ajustes, montagem e todos os processos necessários.

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